Sinopse:
Cassie Madison fugiu de Walton, Geórgia, para Nova
York quando soube que sua irmã, Harriet, e seu amor, Joe, a tinham traído e iam
se casar. Ao chegar em Manhattan, sua ideia era se reinventar, mergulhar de
cabeça na carreira e até mesmo perder o sotaque provinciano. Tudo para apagar
seu passado marcado pela traição e por uma família que não lhe tratara com o
devido cuidado.
Mas, numa noite, um único telefonema de sua irmã
trouxe de volta tudo o que ela pretendia esquecer. Com o pai muito doente, ela
foi obrigada a fazer a viagem de volta e, enquanto arrumava as malas, seus
maiores medos eram que o pai morresse sem que ela pudesse estar com ele e...
encontrar a família feliz que Harriet e Joe tinham construído.
Já em Walton, Cassie percebeu que enfrentaria uma
imensa batalha particular, porque, afinal, ela não conseguia deixar de amar
seus sobrinhos – e nem deixar de se sentir em casa, naquela cidadezinha de sua
infância.
Enquanto se dividia entre rancor, esperança, velhas e
queridas lembranças e uma mágoa insustentável, o destino arrumaria uma forma de
aproximá-la do que realmente importa: o verdadeiro amor.
Minha vez:
De Volta Para
Casa traz uma história que facilmente
se encaixa na vida de muitos leitores. Afinal, que nunca sofreu uma grande
desilusão (amorosa ou não) e “largou tudo” para seguir adiante em um novo
espaço?
Esta obra foi lançada, pela primeira vez, no ano 2000 e só foi lançada novamente devido à grande
procura do público. Então a autora “poliu” o texto e o relançou.
O livro começa com a ligação que Cassie recebe de Harriet.
A partir daí, há flashes do passado que fazem com que nós saibamos que
aconteceu – sempre sob o ponto de vista de Cassie, apesar de o livro ser
escrito em terceira pessoa.
“Há inúmeras
maneiras de morrer que não envolvem morte física” (p. 153)
Cassie tinha um namorado em Manhattan que, a
propósito, não valia nada e dava mais valor às coisas materiais do que aos
sentimentos da namorada.
Sabendo que estava muito doente, o pai de Cassie deu
um jeitinho para que a filha voltasse para casa e ali permanecesse – deixou a
casa da família para ela. Então não tinha jeito de ela voltar para Manhattan
enquanto não resolvesse a questão – precisava se desfazer da casa. Mas é aí que
está o “pulo do gato”: com o passar dos dias, Cassie percebe que a memória é falha e prega peças,
fazendo enxergar e lembrar coisas distorcidas ou, ainda, que não existiram.
É claro que
dói apagar as lembranças distorcidas para ceder lugar às certas, e isso
Cassie aprende da forma como todos nós fazemos: negando – tomando o modo mais
doloroso (sempre!). Ao explorar a casa, com a finalidade de separar o que vai
para o lixo ou o que será guardado, as irmãs encontram muitas recordações,
incluindo algumas cartas de amor de muitos anos, trocadas entre o pai delas e
uma moça de sua juventude. São momentos
que levam o leitor à emoção e reflexão.
“Amor é só
sacrifícios, grandes e pequenos. Só conhecemos o amor verdadeiro quando nos
damos conta de que desistiríamos de tudo por alguém”. (p. 241)
Cassie é um tanto mal humorada – mas nada que cause
antipatia demasiada, e a autora justifica este comportamento afirmando que a
Cassie jovem, engraçada e simples foi enterrada por todo o sofrimento,
renascendo uma nova mulher, uma nova Cassie.
O passado é uma coisa de louco, hein! Além de
lembranças (inventadas ou não), traz amores. No caso de Cassie não é diferente:
ela reencontra uma pessoa – e que pessoa maravilhosa! Além disso, alguns
eventos acontecem, transformando nossa protagonista. São dolorosos, mas de
enriquecimento inimaginável.
O livro tem
passagens para todos os gostos – engraçadas, tristes, reflexivas,
desesperadoras... O fechamento da obra é emocionante. Não tem O final
feliz, mas, ainda assim, conta com um final feliz (por mais contraditório que
isso possa soar).
É uma obra muito bacana, que indico para todos. Não é
o lançamento do mês, mas está valendo!
“Ela ficou
olhando-o por um momento.
- Então por que diabos você voltou?
Sam olhava para frente, as luzes do painel iluminando
seus olhos.
- Porque aqui é minha casa. Descobri que a vida não
era só trabalhar e ganhar dinheiro. Queria um lugar onde pudesse formar raízes.
Fazer parte de uma comunidade. Criar uma família num ambiente tranquilo.” (p.
105)
Came,
ResponderExcluireu li este livro e adorei, fui do riso às lágrimas. Adorei a Cassie, pude entender o ponto de vista dela e me peguei rindo bastante com o passado dela contado por terceiros. Adorei conhecer os dois lados da trama e me apaixonei pelo Sam desde que ele surge a primeira vez. =D
Minha Velha estante
Leitura Nossa de Cada Dia