Nessa tão esperada coletânea, P.C. Cast, autora da famosa série House of
Nights, reuniu alguns dos principais conhecedores do mundo das criaturas
sobrenaturais e selecionou os textos mais fascinantes destes escritores. O amor
impossível entre um rapaz simples e uma menina rica que se torna vampira em
busca de liberdade; uma paixão do passado que reaparece em forma de fantasma
para salvar seu vampiro e uma fada que tenta livrar de grandes encrencas sua
melhor amiga são apenas algumas das histórias narradas por autores como Claudia
Gray, Rachel Caine ou Kristin Cast. Afinal, quando se é imortal, o amor é para
sempre.
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“Histórias de amor eterno” é uma obra que trás 8 contos sobre
histórias de amor, não necessariamente apaixonado, eterno. Há muito eu não lia
um livro de contos, então estava desacostumada com os eventos rápidos e a
desenvoltura que o autor deve ter para que o conto seja convincente. O que,
exatamente por ser muito rápido, em poucas páginas, é muito difícil.
Para falar do estilo das
narrativas, terei que colocar as histórias isoladas, já que são autoras
diferentes!
A autora trás a história de Cody Stryker, Ginny Augustine e Sonia
Mitchell. Uma narrativa cheia de expectativas e reviravoltas que o leitor
nem desconfia. Definitivamente um conto muito bacana e interessante. Detalhe: a
narrativa é em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Cody!
Enredo: Cody resolve
reabrir o cinema Old Love Theater,
há muito abandonado. Acaba contando com a ajuda, não solicitada, de Ginny, a filha do prefeito. Porém Cody não contava com a presença de Sonia, que é um fantasma – foi
assassinada há muitos anos, enquanto trabalhava no cinema, e anda atormentando
os que ali se encontram, ao que parece, querendo falar algo. Qual será a mensagem que Sonia está
querendo passar? Isso eu não vou contar para vocês!
É um conto bom. A autora nos
surpreende a todo instante. Interessante.
Segundo conto: “Névoa Amarela”, de Kristin Cast
Kristin Cast é filha de P.C.
Cast e fez este conto com desenvoltura, porém pouca imaginação. É claro que
não é correto referenciar as duas escritoras, porém isso acontece – inevitável.
Esta é a história de Alekos e Jenna, contada em uma narrativa em
terceira pessoa – o que muito me agrada. Algumas frases e pensamentos de Jenna, que é adolescente, não condizem
com sua idade – hora infantil, hora
madura demais.
Enredo: Alekos, um ser
do submundo, tem seu destino definido: deve encontrar a humana que poderá
vingar suas mães, as Fúrias, de algo
que não foi identificado. Jenna é
uma adolescente normal, fútil, que se preocupa somente com festas, roupas e
sapatos, tem o dia totalmente alterado após um encontro em um ponto de ônibus
com um moreno lindo. Já deu de perceber quem é o cara, né? Ele a mata, alegando
que isso é um presente que ela recebeu, e a transforma em uma vampira – que não suga sangue, mas
energia. Jenna aceita tudo numa boa
e rapidamente entende sua condição de morta, vampira e guerreira.
Não entendi uma coisa: em determinado momento, Jenna está dentro do carro de Alekos. Um momento após, quando ela
“se dissolve e flutua” junto com ele, ela consegue ver seu corpo estirado no
chão com curiosos ao redor. Não, não entendi. Prefiro pular este conto.
Terceiro conto: “Perseguição de um homem morto”, de Rachel Caine
Autora de Os Vampiros de Morganville, Rachel
Caine não foge de sua narrativa habitual e fala sobre este mesmo tema.
Porém o caso de amor que ela nos conta nesta história, não é apaixonado, mas fraternal. Na realidade, sobre dois
amigos que se consideram irmãos: Shane
Collins e Michael Glass.
Enredo: O pai de Shane
odeia vampiros e faz de tudo para exterminá-los. Tudo. Inclusive aprisionar seu
próprio filho em uma cela para arrancar informações sobre seus inimigos
vampiros. Bem, Shane finge que
colabora, porém quando vê que seu pai capturou seu melhor amigo, Michael, a coisa muda de figura. É hora
de mostrar a força que a verdadeira amizade pode ter.
É um conto bom. Bem escrito,
interessante. Gostei muito.
Quarto conto: “Bons modos à mesa”, de Tanith Lee
Esta é o conto que fala da
história de amor de Lelystra e Anghel. A autora escreve de forma
inteligente e o enredo é bem criativo. Os acontecimentos são ágeis, mas a
autora sustenta toda a rapidez. Interessante.
Enredo: Lelystra e Anghel são vampiros. Ela sabe que vampiros podem sair ao
sol, ver seus reflexos, podem comer demais alimentos. Ele se detém as superstições do passado. Ela tem um pai que é vampiro (psicólogo) e entende que a mudança
pode transtornar qualquer vampiro novato. Ele,
ao menos, sabe que só se tornou vampiro porque tinha os genes para tanto. Ela quer ajudar. Ele precisa de ajuda.
Uma trama bem humorada e bem
escrita, tem aquela dose de criatividade que deixa o conto interessante e
original. Um dos melhores contos do conjunto.
PS: Que nome mais feio para um
conto.
Quinto conto: “Lua Azul”, de Richelle Mead
Nossa autora de “A Canção do Súcubo” e “Vampire Academy” trás a história de Lucy e Nathan. Uma história com tiradas divertidas – mas é claro que eu
não preciso falar muito, afinal é Richelle
Mead.
Enredo: Lucy é uma
vampira que precisa fugir da cidade. Motivo: ela é uma parte de uma profecia
que pode destruir todos os vampiros – por isso, todos querem sua cabeça. Então
ela resolve contar com a ajuda de Nathan,
um segurança de uma boate, para sair da cidade para encontrar refúgio. Porém,
tarde demais, descobrem que é tudo uma emboscada. E aí? Aí eu deixo para vocês
matarem a curiosidade lendo o conto!
Bem, Richelle Mead dispensa
comentários. Mestre na escrita, o conto é bom e interessante, com tons de
ironia. Inteligente. Outro que entra para a lista dos tops.
Sexto conto: “Transformação”, de Nancy Holder
Esse conto trás a história de um
triangulo amoroso curioso: Jilly, Eli e Sean. A autora escreve bem e é muito criativa. Olha só:
Enredo: No aniversário de 16 anos de Jilly, toda a cidade é invadida por vampiros. Ela, então, fica
muito preocupada com Eli, seu melhor
amigo e ex-namorado. Atualmente, gay. Sim, ele deixou Jilly alegando gostar dela como amiga, apenas. Então ele namora Sean, um garoto que não gosta dela e deixa
isso claro, ao menos para ela. Acontece que, durante o ataque dos vampiros,
Sean se torna um e atormenta a vida de Eli
e Jilly. Claro que Eli está cego de amor e não vê maldade
em nada – tontinho. Cabe a Jilly
escolher as opções corretas. E aí, o que vai ser?
Apesar de Eli ser um bobo, devagar quase parando, eu gostei da história.
Muito atrativa, dinâmica. Interessante e inteligente. Gostei bastante.
Sétimo conto: “Farra”, de Rachel Vincent
Saindo dos vampiros, vamos cair
nas graças de uma sirena, Andi, e
uma musa, Mallory. Com uma escrita
leve, a autora nos coloca em um conto interessante e inventivo. Interessante é
pouco para definir este conto.
Enredo: Andi é uma Sirena, o que significa que vive com a energia que
consegue pegar de uma pessoa – faz isso cantando. Mallory é sua melhor amiga, que nunca deixa Andi sair do ponto. Porém, quando as coisas acontecem para Mallory, Andi não consegue segurar. E é aí que o angu desanda. Mallory conhece Evan, um cara lindo que toca e canta bem, e percebe que ele tem
muito mais inspiração quando está ao seu lado – pois ela é sua musa. Algo muito
preocupante, já que um gênio (Evan) quando encontra sua musa, se desgasta
demais. O que acontece quando as coisas passam do ponto?
Esse foi o melhor conto. Sério,
gente! A autora inovou, além de escrever perfeitamente. Ótimo. Deveria ser o
último, para fechar com chave de ouro.
Oitavo conto: “Livre – História de uma noite sem fim”, de Claudia Gray
Este conto se passa no século
XIX, em 1841. Fala sobre um trio intrigante: Patrícia, Amos e Julien. Uma história diferente, com um
final surpreendente. Intrigante é a palavra que resume esta narrativa.
Enredo: Patrícia é uma negra alforriada – na verdade, nunca viveu na
escravidão. Amos é um negro escravo,
que ainda não conseguiu sua carta de alforria, porém não trabalha em um local
tão terrível como a maioria. Os dois vivem um amor intenso e impossível – pois
a mãe de Patrícia quer que ela se case com um homem branco. O amor dura até a
noite em que Patrícia é apresentada à sociedade e conhece o jovem Julien – inexplicavelmente belo, quando
Amos é encontrado morto com o
pescoço dilacerado. Naquela mesma noite, Patrícia recebe uma visita de Julien, que acaba “beijando” seu
pescoço. Esperta, logo descobre que Julien
matou seu amado e, na sede de vingança, permite ser transformada em vampira –
assim como Julien. Porém, o que fará
Patrícia com tanto poder? Eu é que
não vou falar nada!
A autora escreve bem. A história
é original. Gostei muito da mocinha, que não é indefesa e subserviente. Gostei
bastante.
Detalhes:
* A edição não foi bem feita. Falta de pontuação é o que mais me irrita
e realmente ficou a desejar.
* As letras que utilizaram para os títulos de cada conto ficaram
diferentes; ao mesmo tempo em que ficaram “redondas”, não pareciam escritas à
mão. E o modo como ficaram “manchadas” deu um tom interessante.
* Na contracapa (preta) tem muitas palavras escritas em vermelho, sem
negrito. Eu que sou cega (nem tanto) não consigo ler direito sem óculos
(verdade!).
PS: Essa capa é terrível, sério!
Não deixe de visitar o blog... Você é muito bem-vindo!!
Dica anotadíssima!
ResponderExcluirBjoks!
http://www.etecetera-e-tals.com/
\o/
ExcluirAh, tem selinhos lá no blog! ;)
ResponderExcluirAo menos a maior parte valae a pena ler.... eu preferi o título Bons modos à mesa ao Névoa amarela...
ResponderExcluirCapa fraquinha mesmo... e não gostei da falta de pontuação. =/
Siiim... Névoa Amarela é UÓ hahaha... Mas não são ruins, não! ;D
ExcluirOlá!
ResponderExcluirNão gosto de livros de contos não, pois tive que ler um livro de contos brasileiros para o colégio e odiei.rs
Isso me desanima um pouco, mas os contos desse livro parecem ser bons.
Não gostei da capa também não... :/
Bjos
As vezes é só você ler sobre um assunto que te agrade, que não fica tão ruim assim... o/
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