domingo, 24 de novembro de 2013

Livro lançado pela editora Novo Conceito este ano, com tradução de Paula Gentile Bitondi.


 Lacey Lancaster decide reorganizar sua vida após um divórcio conturbado. Não quer mais nenhum tipo de relacionamento, pois acredita que os homens são todos iguais. Então se muda para um pequeno apartamento com sua gatinha Cleo.
Lacey é uma mal humorada de primeira, que reclama de tudo. Talvez isso se deva pelo fato de sua vida amorosa não ser o que ela sonhou; o trabalho não é dos melhores – seu chefe não dá a mínima para ela e ainda leva todo o crédito das conquistas.
Após um ano morando naquele apartamento, Lacey começa a se estressar com seu vizinho, Jack Walker, que tem brigas escandalosas com uma jovem, sobre morarem juntos. Jack também tem um gato, chamado Cão, que resolve aprontar para cima de Cleo.

Jack é um lindo, bem humorado, divertido e romântico. Por quê sempre a mulher é a mal humorada? (devaneios).
Bem, Cão resolve namorar Cleo, que engravida. E agora? Lacey fará Jack assumir sua responsabilidade, entre outras coisinhas...

Bem, o livro é bem curto, com apenas 139 páginas de história e duas páginas com receitas para gatos. Então você o lê em uma sentada mesmo. A escrita é leve, apesar de eu ter me estressado com o mau humor de Lacey.
É claro que vocês já se ligaram que rola alguma coisa entre lacey e Jack, mas quero dizer que o romance, apesar de ser leve e bacana, não tem uma história que convence. Claro que eu não vou contar tudo, maaaaas posso dizer que a paciência do cara não me convenceu... OU será que eu estou, apenas, ficando ranzinza como Lacey (oooh não!!!)

A diagramação é bacana. A cada início de capítulo há um desenho de dois gatos românticos, a paginação fica na lateral (onde me perdi muitas vezes, de tão acostumada que estou com a paginação na parte inferior da página), mas não fica feio. Letras com um tamanho bom. Acreditem, faz toda a diferença – ninguém merece ler aquelas letras tão pequenas que mais parecem pertencer a uma bula de remédio.

Posso dizer que o livro tem uma lição a nos passar. Muitas vezes, nós não vemos o que está na nossa cara. Só enxergamos o que queremos, o que nos é conveniente. Essa é a mais pura verdade. Algumas vezes, dói pensar que alguém que amamos tanto pode nos trair (não só em relacionamentos amorosos!). Preferimos continuar cegos, fingindo não ver o que está posto em nossa frente.

Um livro rápido, interessante, escrita leve e com uma boa mensagem. Adorei! E espero que vocês gostem tanto quanto eu.


Citações:
"- Você conseguiu ouvir alguma coisa que eu disse?
- Consegui ouvir sua dor e foi o suficiente". P. 71

"Parecia muito pouco em vista das possíveis consequências, mas, quanto menos conversassem, melhor. Quanto mais o analisava, mais se sentia atraída por ele, o que não fazia sentido algum. Ela parecia alguém em uma dieta restrita, totalmente seduzida por uma bandeja de sobremesa". P.23

"'É algum tipo de maldição', Lacey pensou. Ela estava fadada a se sentir atraída pelo tipo errado de homem. Provavelmente havia algum nome científico para isso, algum termo que os psicólogos utilizavam para descrever mulheres como ela. “Louca de pedra”, ela decidiu. Envolver-se com ele seria totalmente desastroso". P. 30

terça-feira, 19 de novembro de 2013


Olá, leitores e leitoras! Essa resenha foi publicada originalmente no Legado das Palavras.

Em 2012 assisti ao filme As Vantagens de Ser Invisível que figurou, certamente, em um dos melhores filmes lançados no ano. Conferir o filme me impulsionou a partir em busca do livro, afinal, além das ótimas atuações e da trilha sonora, o filme possui uma história linda. Publicado pela editora Rocco, o livro do escritor – também diretor e roteirista da adaptação cinematográfica – Stephen Chbosky possui 223 páginas.
As Vantagens de Ser Invisível é um romance epistolar, ou seja: é totalmente narrado através de cartas, embora existam outras formas de desenvolver, como notícias de jornais ou diários, mas este não é o caso. O livro apresenta as cartas escritas pelo jovem apelidado de Charlie a um destinatário incógnito, o leitor, onde narra os acontecimentos de sua vida atual: o verdadeiro deságio que é o início do ensino secundário, a superação do suicídio de seu melhor amigo, meses atrás, e um grave trauma de infância. Entre os temas abordados podemos destacar a sexualidade, o uso de drogas, introversão, além de estampar a importância de amizades em nossas vidas.
Chbosky narra a vida de Charlie com extrema sensibilidade, logo nas primeiras páginas fica difícil não se identificar com o protagonista, muitos já enfrentaram alguns de seus medos e também tiveram as mesmas dúvidas. O autor buscou inspiração em sua própria vida para criar alguns personagens e dar mais veracidade à trama. O livro trata com naturalidade alguns temas polêmicos como a descoberta e o uso de drogas por conta de Charlie, outro tema importante é a abordagem de uma relação homoafetiva, muito bem retratada, que ajuda a expandir horizontes e quebrar paradigmas.
A escrita de Stephen Chbosky não apresenta genialidade, ou apresenta, depende de como você analisar. Ela não é difícil, clássica e muito descritiva, entretanto, vale lembrar que estamos lendo “cartas” de um jovem do ensino médio, cujo à paixão pela literatura e o dom para escrita é bem demonstrado, logo, temos uma narrativa a altura do personagem, o que faz nos identificarmos ainda mais com Charlie.
A obra possui muitas inspirações, um delas é o escritor Stephen King. Segundo Chbosky seu livro possui muito de algumas obras do mestre do terror, livros Carrie e O Iluminado, além do conto, Conta Comigo. Fã confesso do escritor vale citar o que Chbosky disse em uma entrevista, ele acredita que King seja “o maior contador de histórias de todos os tempos”. O livro também apresenta uma vasta lista de referências musicais – aliás, o ditado “sexo, drogas e rock’n roll” se encaixa perfeitamente aqui e chega até mesmo soar de forma poética -, algumas das bandas citadas são: Nirvana, Beatles, Pink Floyd e, claro, The Smiths com a música Asleep (favorita de Charlie). Outras ótimas referências são as literárias, Bill, professor de Charlie, o estimula através da leitura e indica grandes obras da literatura como: Uma Ilha de Paz (John Knowles), Walden (H.D. Thoreau), O Sol é para Todos (Harper Lee), O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald), Peter Pan (J. M. Barrie) A Nascente (Ayn Rand), Hamlet (William Shakespeare), Almoço Nu (William S. Burroughs), Este Lado do Paraíso (F. Scott Fitzgerald), On The Road/Pé na Estrada (Jack Kerouac), O Estrangeiro (Albert Camus) e O Apanhador do Campo de Centeio (J.D. Salinger).
Não quero entrar muito na história por achar que ela é sensível demais e qualquer mínimo spoiler pode vir a comprometer a leitura, contudo, esta é uma obra recomendada, onde é praticamente impossível não se identificar com alguns dos personagens ou com o que estão vivendo. A sutileza da história nos faz refletir acerca de alguns aspectos, como a amizade, por exemplo. A leitura é indispensável, mesmo a adaptação cinematográfica sendo extremamente fiel e tão boa quanto o livro.
Nós somos infinitos.

PS: Escrevi sobre o filme aqui.

Sobre o autor


Hugo Sales Hugo Sales
Aprendiz de escritor, músico iniciante e cinéfilo. Herdeiro do Resenhas de Uma Leitora. Contista e RPGista. Mente Inquieta. Escreve sobre literatura, pois, não consegue viver sem e adora compartilhar seus pensamentos e gostos.

Crucial para a aprendizagem e desenvolvimento de nós, seres humanos, a leitura enriquece vocabulário, amplia nosso conhecimento, através dela podemos sanar dúvidas sobre a escrita e fala, indo mais além, ela auxilia nossa capacidade de interpretar, tanto textos quanto o que outras pessoas falam.

"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."
- Carlos Drummond de Andrade

Quando a leitura é incitada ainda na infância, é inegável o seu poder de transformação, a criança desenvolverá de modo incrível sua imaginação, criatividade, além de estar caminhando para ser um cidadão culturalmente ativo. E esses efeitos não são exclusividades das crianças, ocorre o mesmo nos adultos. Porém, acontece que, principalmente em nosso querido país, a maioria da população não gosta de ler. Eu não fico indignado, bravo ou reclamo e discuto com pessoas que não gostam de ler, ao contrário, busco, sutil ou bruscamente, espalhar um pouco do meu amor por esta arte. O propósito deste blog, além de difundir minhas opiniões literárias com os leitores, é despertar o interesse em quem não é acostumado a ler.

"A leitura engrandece a alma."
- Voltaire

Através da leitura visitamos tempos remotos, agregamos conhecimentos, embarcamos em novos mundos, não só os benefícios, mas o prazeres são muitos. Meus amigos próximos sabem como sou, insisto veemente para que leiam cada vez mais, busco falar exaustivamente de um livro, destacar e enaltecer todas as qualidades da obra, com o intuito de irem atrás e lerem. Através deste blog busco "espalhar a palavra literária" e angariar novos leitores, afinal, todos nós ganhamos com um mundo cada vez mais repleto de leitores. 
E foi nesse hype que encontrei o manifesto do vídeo abaixo. Muito bem produzido e com uma mensagem muito significativa que, sem dúvidas, merece ser divulgada e repassada a todos. Assista e caso queira expressar sua opinião, utilize os comentários.
  



Música: Quiet Company - How do you do it
Produção: Pele de Cordeiro
Roteiro: Aline Valek
Fotografia e Edição: Marcos Felipe
Ilustração: Douglas Reis
As mãos que aparecem: Cavi Loos, Douglas Reis e Aline Valek




Sobre o autor

Hugo Sales Hugo Sales
Aprendiz de escritor, músico iniciante e cinéfilo. Herdeiro do Resenhas de Uma Leitora, dono do Legado das Palavras. Contista e RPGista. Mente Inquieta. Escreve sobre literatura, pois, não consegue viver sem e adora compartilhar o que lê.

terça-feira, 12 de novembro de 2013



Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen vivia nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob (porque tinha acabado de assistir a Twin Peaks).Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.Um Gato de Rua Chamado Bob é uma história comovente e edificante que toca o coração de quem a lê.


Um gato de rua chamado Bob narra a história verídica de James Bowen, o autor, que se vê aos quase 30 anos um dependente químico em recuperação, sozinho, morando num lugar medíocre, tocando nas ruas de Londres e sem objetivo até encontrar na soleira do apartamento vizinho um gato. Maltrapilho, sujo, doente, magro e laranja.
Ele se encanta de primeira, porém acredita que o vizinho é o dono e mantém distancia. Quando James descobre que o laranjinha é um gato de rua, se afeiçoa e o leva para sua casa, e assim começa a história.



“ Talvez ele tivesse visto em mim uma alma semelhante.”

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

- Sempre amei os livros – ela disse baixinho. – Adoro tê-los por perto. Amo me perder em uma história, em um mundo. Adoro poder me tornar qualquer pessoa, poder viver qualquer fantasia. p.172

Em “Só Tenho Olhos Para Você”, temos a história que fala sobre o amor de infância entre Sophie e Jake. Ela, a menininha dos Sullivans, é uma bibliotecária que ama o que faz, assim como ama Jake. Claro que ele também a ama, mas não se acha bom o suficiente para merecer o amor dela. Eles se conhecem há 20 anos e se amam desde sempre. Preciso dizer que adoro histórias assim, com amores do passado – convencem mais do que aquelas com amores de 3 dias.  Ela é romântica, inteligente, esperta. Ele é o bad boy mal encarado, tatuado, lindo, que trabalha muito e é dono de seu próprio pub.

Sophie é determinada. Ela resolve que quer Jake e vai atrás, sem querer saber para o que os outros pensam. É claro que os dois enfrentam algumas situações complicadas durante a narrativa. Ela se decepciona, ele tem que provar (principalmente para si mesmo) que é merecedor do amor que ela dá, e mais, que ele pode amá-la intensamente. Ela se importa com o que ele pensa.  Ele a maltrata porque se considera Inferior à ela. É um jogo de gato e rato interminável, mas esse é o charme da trama da Bella.
O livro tem uma capa aveludada, na tentativa de aumentar a sensação de que o livro é sensual. Achei divina – muito melhores que as originais da autora, que são muito feias. Portanto, a Novo Conceito caprichou na arte. A diagramação é normal, sem firulas.
A cada livro a série evolui. Amei o Gabe, mas Jake e Sophie são melhores ainda.  Eles são mais quentes que os outros três anteriores. Há uma história, não somente sexo. Então tem horas que senti um aperto na barriga, pelas discussões, pela tristeza de Sophie.
Gostei. Ainda estou esperando mais. Mas é o melhor até agora, com certeza!

Ps: Sophie tem um apelido na família – Boazinha. Esta tradução é terrível. Algo como Agradável combinaria mais com o contexto (quem ler vai entender). Mas agora já foi... Inclusive a tradução deixou a desejar em alguns pontos, mas nada que estrague a leitura.


O coração dela se apertou diante da maneira como o irmão a olhou, como se fosse uma menininha a quem ele precisasse proteger. Será que ele não via? Era exatamente por essa razão que ela precisava fazer isso. Assim, todos parariam de pensar nela como a doce e meia Boazinha. p.26
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