sexta-feira, 11 de abril de 2014


Sinopse:
Cassie Madison fugiu de Walton, Geórgia, para Nova York quando soube que sua irmã, Harriet, e seu amor, Joe, a tinham traído e iam se casar. Ao chegar em Manhattan, sua ideia era se reinventar, mergulhar de cabeça na carreira e até mesmo perder o sotaque provinciano. Tudo para apagar seu passado marcado pela traição e por uma família que não lhe tratara com o devido cuidado.
Mas, numa noite, um único telefonema de sua irmã trouxe de volta tudo o que ela pretendia esquecer. Com o pai muito doente, ela foi obrigada a fazer a viagem de volta e, enquanto arrumava as malas, seus maiores medos eram que o pai morresse sem que ela pudesse estar com ele e... encontrar a família feliz que Harriet e Joe tinham construído.
Já em Walton, Cassie percebeu que enfrentaria uma imensa batalha particular, porque, afinal, ela não conseguia deixar de amar seus sobrinhos – e nem deixar de se sentir em casa, naquela cidadezinha de sua infância.
Enquanto se dividia entre rancor, esperança, velhas e queridas lembranças e uma mágoa insustentável, o destino arrumaria uma forma de aproximá-la do que realmente importa: o verdadeiro amor.
 
Minha vez:
De Volta Para Casa traz uma história que facilmente se encaixa na vida de muitos leitores. Afinal, que nunca sofreu uma grande desilusão (amorosa ou não) e “largou tudo” para seguir adiante em um novo espaço?
Esta obra foi lançada, pela primeira vez, no ano 2000 e só foi lançada novamente devido à grande procura do público. Então a autora “poliu” o texto e o relançou.
O livro começa com a ligação que Cassie recebe de Harriet. A partir daí, há flashes do passado que fazem com que nós saibamos que aconteceu – sempre sob o ponto de vista de Cassie, apesar de o livro ser escrito em terceira pessoa.

“Há inúmeras maneiras de morrer que não envolvem morte física” (p. 153)

Cassie tinha um namorado em Manhattan que, a propósito, não valia nada e dava mais valor às coisas materiais do que aos sentimentos da namorada.
Sabendo que estava muito doente, o pai de Cassie deu um jeitinho para que a filha voltasse para casa e ali permanecesse – deixou a casa da família para ela. Então não tinha jeito de ela voltar para Manhattan enquanto não resolvesse a questão – precisava se desfazer da casa. Mas é aí que está o “pulo do gato”: com o passar dos dias, Cassie percebe que a memória é falha e prega peças, fazendo enxergar e lembrar coisas distorcidas ou, ainda, que não existiram.
É claro que dói apagar as lembranças distorcidas para ceder lugar às certas, e isso Cassie aprende da forma como todos nós fazemos: negando – tomando o modo mais doloroso (sempre!). Ao explorar a casa, com a finalidade de separar o que vai para o lixo ou o que será guardado, as irmãs encontram muitas recordações, incluindo algumas cartas de amor de muitos anos, trocadas entre o pai delas e uma moça de sua juventude. São momentos que levam o leitor à emoção e reflexão.

“Amor é só sacrifícios, grandes e pequenos. Só conhecemos o amor verdadeiro quando nos damos conta de que desistiríamos de tudo por alguém”. (p. 241)

Cassie é um tanto mal humorada – mas nada que cause antipatia demasiada, e a autora justifica este comportamento afirmando que a Cassie jovem, engraçada e simples foi enterrada por todo o sofrimento, renascendo uma nova mulher, uma nova Cassie.
O passado é uma coisa de louco, hein! Além de lembranças (inventadas ou não), traz amores. No caso de Cassie não é diferente: ela reencontra uma pessoa – e que pessoa maravilhosa! Além disso, alguns eventos acontecem, transformando nossa protagonista. São dolorosos, mas de enriquecimento inimaginável.
O livro tem passagens para todos os gostos – engraçadas, tristes, reflexivas, desesperadoras... O fechamento da obra é emocionante. Não tem O final feliz, mas, ainda assim, conta com um final feliz (por mais contraditório que isso possa soar).
É uma obra muito bacana, que indico para todos. Não é o lançamento do mês, mas está valendo!

 Ela ficou olhando-o por um momento.
- Então por que diabos você voltou?
Sam olhava para frente, as luzes do painel iluminando seus olhos.
- Porque aqui é minha casa. Descobri que a vida não era só trabalhar e ganhar dinheiro. Queria um lugar onde pudesse formar raízes. Fazer parte de uma comunidade. Criar uma família num ambiente tranquilo.” (p. 105)

Um comentário:

  1. Came,
    eu li este livro e adorei, fui do riso às lágrimas. Adorei a Cassie, pude entender o ponto de vista dela e me peguei rindo bastante com o passado dela contado por terceiros. Adorei conhecer os dois lados da trama e me apaixonei pelo Sam desde que ele surge a primeira vez. =D

    Minha Velha estante
    Leitura Nossa de Cada Dia

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