Sinopse:
Tristes Camelos, de Daniel Corrêa, fala de tristeza, mas não fala de camelos. Este é o primeiro romance de Daniel, mas parece que ele já tem vários livros publicados tal é a sua tarimba. Sua narrativa é envolvente e conduz o leitor com cuidado e esmero. Até que lá pelo meio do livro nos conquista de vez.
O romance, por vezes, parece ter algo de biográfico. Porém, tem uma pegada quase fantástica. Uma história sangrenta corre em paralelo ao romance do protagonista-narrador e Gabriela, sua musa impossível.
O livro termina deixando no ar um sentimento de QUERO-MAIS. Queremos saber mais do personagem-narrador que não tem nome; queremos saber mais do seu futuro incerto, e o principal: somos contaminados por uma tristeza cortante, e que nos leva a pensar em nossas próprias tristezas latentes.
Daniel Corrêa possui um estilo próprio. Arrebatador. E é com imenso prazer que a Editora Faces lança o primeiro romance deste jovem autor, já prevendo que outros virão. Podem esperar.
Com o começo um pouco confuso, o leitor demora um pouco a se localizar diante das situações onde o narrador se coloca.
Digo sinceramente que esperava mais do livro. Quando comecei a ler, esperava que fosse algo que me trouxesse imagens e me "transportasse" para algum "universo paralelo"; sinto, não o fez.
A obra de Daniel Corrêa conta a história de um homem - em momento algum é dito seu nome, que coloca todo seu sofrimento em relação ao amor, de certa forma, não correspondido de Gabriela.
A obra triste camelos (tudo em minúsculo mesmo) trás um aviso de que não é um livro sobre camelos, mas sobre o deserto interior que existe em cada um de nós. E realmente o livro cumpre o que promete, realmente o leitor observa, ao desenrolar da trama, todo o deserto sentimental que o protagonista, e também os demais personagens, se encontram. Encontros e desencontros sentimentais rondam toda a obra.
Digo que não é um livro que tomou toda minha atenção. Não tem muitas páginas, inclusive o tamanho é pequeno, mesmo assim demorei um pouco para ler. Entre 0 e 10? Fico com 4.
Mesmo assim, Vale a pena ler!
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