terça-feira, 12 de novembro de 2013



Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen vivia nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob (porque tinha acabado de assistir a Twin Peaks).Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.Um Gato de Rua Chamado Bob é uma história comovente e edificante que toca o coração de quem a lê.


Um gato de rua chamado Bob narra a história verídica de James Bowen, o autor, que se vê aos quase 30 anos um dependente químico em recuperação, sozinho, morando num lugar medíocre, tocando nas ruas de Londres e sem objetivo até encontrar na soleira do apartamento vizinho um gato. Maltrapilho, sujo, doente, magro e laranja.
Ele se encanta de primeira, porém acredita que o vizinho é o dono e mantém distancia. Quando James descobre que o laranjinha é um gato de rua, se afeiçoa e o leva para sua casa, e assim começa a história.



“ Talvez ele tivesse visto em mim uma alma semelhante.”

O livro me afetou um bocado. Havia comprado ele há algum tempo, mas pela minha mãe do que por mim, em função de ter uma mãe alucinada por gato. Vivi e ainda vivo cercada de gatos e esta é a forma que vivo há dezessete anos, então eu sabia que o livro me afetaria pelas semelhanças, mas não é esse ponto.



“(...) De certa forma, ele estava devolvendo minha identidade.Eu tinha sido uma não pessoa, e estava me tornando uma pessoa novamente.”

Quando um livro conta uma história real, você já o lê com outro olhar. Aos poucos, ao sabermos a história de Bob e James nos enchemos de compaixão e nos deparamos com a quantidade de almas soltas pelo mundo necessitada de muitas segundas chances.



“(...) Tinha uma boca a mais para alimentar – uma boca faminta e manipuladora.”

James é muito real, e sua narrativa é tão simples, tão direta que nos guia apenas pela necessidade de sabermos mais, nada mais. Seu passado não é belo, mas duro. Sua família, seus amigos, seu vício. É muito duro para nós quando lemos suas crises com drogas e saber que elas foram reais nos doí ainda mais. Além disso, o amor que ele desenvolve por Bob é tão puro, belo e real que nos emociona.



“Bob e eu tínhamos muito em comum.Talvez por isso o vínculo houvesse se formado tão rápido – e estivesse crescendo de forma tão profunda.”

Bob em muitos momentos é algo além de um gato, muitos pontos que o autor traz eu já havia percebido em meus próprios gatos como por exemplo: Gatos tem personalidade e a de Bob é ímpar. Ele tem uma ironia, uma alegria, uma confiança, uma lealdade que me comoveu e me desejou ter um Bob para mim... Ele é o melhor amigo que qualquer ser gostaria de ter.

“(...) Ele era uma bela criatura, não havia dúvida. Mas não era apenas isso. Havia algo mais em Bob.”

A amizade que é desenvolvida é um exemplo a seguir, de lealdade e de confiança. É lindo o quanto vemos esse relacionamento se desenvolver.
A narração do livro é fantástica, simples, direta e sem objetivo de ser literária, apenas uma narração de fatos que nos faz crer e perceber o jeito que a vida dá segunda chances.



“(...) Era como se alguém houvesse puxado as cortinas e lançado um pouco da luz do sol em minha vida. É claro que, de certa forma, alguém havia feito isso mesmo.”

Editora Novo Conceito foi feliz em sua tradução e o carinho com o livro, colocando patinhas e a sombra de um gato na parte de trás do livro. A diagramação foi impecável e simples como o livro pedia.



“Nós estávamos juntos, e nenhum de nós queria que isso mudasse.”

Recomendo este livro a todos que amam gatos, e tem um bichinho de estimação e sabe o quão especiais eles são para nós. Um gato de rua chamado Bob me comoveu, porque nos narra uma história de superação e segundas chances que sempre são necessárias.



“Éramos eu e Bob contra o mundo mais uma vez. Foi como se eu nunca houvesse me afastado.”



Um comentário:

  1. Oi Ana,
    Este é um livro que não me chamou atenção por ser "real", não gosto de imaginar o sofrimento real das pessoas, fica mais fácil aturar quando sei que os personagens são fictícios.
    Esse gatinho é muito fofo e adorei a imagem que escolheu.
    Talvez mais para frente eu me aventure na leitura dele. =)

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